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Artigo: A problemática dos estacionamentos no DF

Brasília sofre com problemas no transporte público em razão de mau planejamento, falta de investimento e constantes greves. Devo registrar que sou um grande entusiasta do uso da bicicleta. Com frequência, me desloco do prédio onde moro para o prédio onde trabalho (sou síndico de ambos). Pela curta distância, faço o trajeto utilizando roupas sociais e sapato. Incentivo sempre outras pessoas a fazerem o mesmo e a percorrerem curtos trajetos a pé, em que, muitas vezes pela força do hábito, usamos o carro.

A mentalidade dos brasilienses está mudando aos poucos. No entanto, ao mesmo tempo que se fazem ciclovias, bicicletários e campanhas educativas, é urgente a mudança de paradigma na utilização de gramados ou áreas abandonadas cobertas basicamente por barro. Esses espaços devem ser convertidos em organizados espaços de estacionamento. Arquitetos e urbanistas conservadores podem ser críticos ferrenhos dessa ideia.


Especialmente nas regiões do Setor Sudoeste, SIG, Cruzeiro e Octogonal, vejo que áreas de estacionamento podem ser criadas preservando vastos trechos de área verde e árvores e em harmonia com pedestres e ciclistas. Em visita ao Sudoeste ou SIG, sugiro notar a quantidade de novos prédios comerciais. Onde está o estacionamento para os clientes dessas empresas? No Centro Clínico Sudoeste, vejo diariamente este problema.

Preservação urbanística a parte, vejo que os órgãos do Governo do Distrito Federal que fazem a análise sobre áreas de estacionamento devem ser mais rápidos e flexíveis. Além disso, percebo que os órgãos responsáveis por sua execução estão constantemente trabalhando para este objetivo, gerando importantes empregos diretos e indiretos. O Governo deve ter em mente o desenvolvimento econômico das novas e atuais empresas da cidade. Comodidade para os trabalhadores da iniciativa privada e seus milhares de clientes, que são os responsáveis pelo pagamento dos expressivos impostos pagos no País. Brasília tem uma importante e crescente economia privada que deve receber mais atenção e prestígio.

Por Marcelo Caus Sicoli, é consultor internacional, corretor de imóveis e síndico do Centro Clínico Sudoeste e Residencial Unique
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