Apesar da resistência de muitos parlamentares, partidos querem aumentar o fundo para quase R$4 bilhões
O fundo eleitoral é usado para financiar as eleições com dinheiro da União. Em setembro, o Ministério da Economia encaminhou ao Congresso Nacional um projeto de lei orçamentária (PLOA) prevendo destinar R$ 2,5 bilhões ao fundo eleitoral para os pleitos municipais. A quantia é 48% maior que a de 2018, quando partidos receberam R$ 1,7 bilhão.
Contudo, o relator do projeto de lei, considerou aumentar o fundo para R$ 3,7 bilhões na PLOA. A ideia foi deixada de lado durante um período, mas acabou sendo retomada.
O líder do Podemos na Câmara, deputado federal José Nelto, é contra o aumento do fundo eleitoral. “Retirar dinheiro de verbas orçamentárias significa tirar milhões de reais de áreas estratégicas, como saúde, educação, segurança pública e infraestrutura, de estados e municípios. Estão preparando um jabuti para turbinar as campanhas das eleições municipais”, disse o deputado.
Para Nelto, se a sociedade não se mobilizar, a manobra será facilmente concretizada.
“Isso é uma excrescência que a sociedade não pode permitir. A campanha para as eleições municipais são mais curtas. Temos que fazer é o contrário: baratear essas eleições, e não aumentar os custos dela com dinheiro dos pagadores de impostos”, afirma o parlamentar.