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| Foto: Cezar Fernandes / Petrobras | 
Perfuração levará de três a cinco meses
A Petrobras anunciou neste sábado (23) que iniciou a perfuração        do poço de Pitu Oeste, no litoral do Rio Grande do Norte. Os        trabalhos marcam um novo passo da pesquisa da companhia por óleo e        gás na Margem Equatorial, região que desperta preocupações        ambientais. O poço, no entanto, está distante da foz do Rio        Amazonas, considerada a localidade mais sensível.
      Por Léo Rodrigues - Repórter da Agência Brasil | Edição:        Carolina Pimentel
      De acordo com nota divulgada pela estatal, a perfuração será        realizada a 53 quilômetros da costa do Rio Grande do Norte e        levará de três a cinco meses. "A Petrobras obterá mais informações        geológicas da área, o que permitirá a confirmação da extensão da        descoberta de petróleo já feita, em 2014, no poço de Pitu", diz o        texto.
      A Margem Equatorial se estende pelo litoral brasileiro do Rio        Grande do Norte ao Amapá, englobando as bacias hidrográficas da        foz do Rio Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e        Potiguar. É uma região geográfica considerada de grande potencial        pelo setor de óleo e gás.
      No seu Plano Estratégico 2024-2028, a Petrobras previu o        investimento de US$ 3,1 bilhões para pesquisas na Margem        Equatorial. A expectativa é perfurar 16 poços ao longo desses        quatro anos. No entanto, a exploração das reservas encontradas na        região, sobretudo próximo à foz do Rio Amazonas, é criticada por        grupos ambientalistas que veem risco de impactos à biodiversidade.
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| Brasília (DF) 02/10/2023 – Ibama renova licença da Petrobras para perfuração na Margem Equatorial. Trata-se da 21ª licença concedida para perfuração na região desde 2004 | 
Em maio, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos        Naturais Renováveis (Ibama) negou o pedido da Petrobras para        realizar atividade de perfuração marítima do bloco FZA-M-59. Ele        está situado na bacia da Foz do Amazonas. Na época, o Ibama        informou que a decisão foi tomada "em função do conjunto de        inconsistências técnicas" para a operação segura em uma nova área        exploratória.
      O entendimento da equipe técnica que elaborou o parecer diz que        a Petrobras não apresentou uma avaliação ambiental de área        sedimentar. Trata-se de uma análise que permite identificar áreas        onde as atividades de extração e produção de petróleo e gás        possuem graves riscos e impactos ambientais associados. A        Petrobras apresentou um novo pedido, ainda sem resposta.
      O avanço dos trabalhos na Bacia Potiguar, por sua vez, conta        com o aval do Ibama. A licença de operação para a perfuração do        poço de Pitu Oeste foi obtida em outubro. A Petrobras também        obteve autorização para perfurar o poço Anhangá, localizada a 79        km da costa do estado do Rio Grande do Norte.
      Nessas perfurações voltadas para a pesquisa, é feita uma        avaliação de viabilidade econômica. Caso decida avançar para a        etapa de produção, a Petrobras precisará realizar um novo processo        de licenciamento ambiental.
      A nota divulgada pela estatal traz uma mensagem do presidente,        Jean Paul Prates. Segundo ele, a Margem Equatorial será um ativo        importante até para a sustentabilidade global. "A Petrobras        pretende contribuir para o desenvolvimento socioeconômico da        região, sem esquecer da importância em fazer parte dos esforços        para promover a segurança energética nacional", declarou.
    
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# Correio do Poder



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