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Conheça os sinais de uma liderança tóxica no ambiente de trabalho

 


 Atitudes controladoras, falta de empatia e clima de medo estão entre os principais alertas 

A liderança no ambiente corporativo vai além da cobrança de resultados. Muitos líderes, sem perceber, acabam adotando comportamentos que impactam negativamente a saúde mental dos colaboradores e o clima organizacional. A psicóloga Denise Milk, especialista em saúde mental no ambiente de trabalho, destaca que é essencial identificar essas posturas prejudiciais para evitar danos à equipe e à produtividade.

De acordo com Denise Milk, a liderança tóxica não está ligada a gênero, raça ou geração, mas sim a comportamentos específicos que podem prejudicar os colaboradores. “Atitudes como abuso de poder, manipulação emocional e microgerenciamento geram um ambiente de trabalho desgastante e prejudicial à saúde mental”, afirma a psicóloga.

Uma pesquisa realizada pelo Talenses Group, com 590 líderes no Brasil, aponta que o abuso de poder é uma das principais razões pelas quais colaboradores pedem demissão. De acordo com o levantamento, 56% das mulheres e 55% dos homens entrevistados já tomaram essa decisão devido a lideranças tóxicas.

Entre os comportamentos mais comuns de um líder tóxico, Denise Milk aponta:

  • Abuso de poder: Usar a posição de liderança para intimidar ou manipular os colaboradores.

  • Microgerenciamento: Controlar excessivamente as tarefas, sem confiar na autonomia da equipe.

  • Falta de reconhecimento: Não valorizar ou reconhecer o esforço e os resultados da equipe.

  • Ambiente de medo: Criar um clima de insegurança, onde os colaboradores temem expressar opiniões ou cometer erros.

“Esses comportamentos contribuem para o estresse crônico, desmotivação e sobrecarga emocional, o que afeta diretamente o bem-estar da equipe e sua produtividade”, alerta a especialista.

Denise Milk reforça que, embora os líderes possam não perceber os danos que estão causando, é fundamental refletir sobre a maneira como suas ações impactam a saúde emocional dos colaboradores. A boa notícia, segundo ela, é que a mudança começa com o próprio líder.

Para reverter esses comportamentos, Denise sugere algumas atitudes que podem transformar o ambiente de trabalho:

  • Reconhecer os esforços da equipe: Valorizar o trabalho dos colaboradores é essencial para manter a motivação e o engajamento.

  • Comunicação clara e aberta: Manter um diálogo transparente fortalece as relações e facilita a resolução de problemas.

  • Oportunidades de desenvolvimento: Incentivar o crescimento profissional dos colaboradores ajuda a mantê-los preparados para novos desafios.

Além disso, Denise destaca a importância da autoavaliação constante por parte dos líderes. “Reconhecer que algo pode ser ajustado não é um sinal de fraqueza, mas de maturidade”, afirma. A especialista também reforça o papel das empresas em investir no desenvolvimento de lideranças mais conscientes, por meio de treinamentos de inteligência emocional, comunicação não-violenta e gestão humanizada.

“Com o aumento dos casos de estresse e burnout, é fundamental que os líderes repensem suas práticas e se questionem sobre o impacto que causam na equipe. Um líder preparado inspira e promove o crescimento de sua equipe, sem abrir mão dos resultados”, conclui Denise.


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