Especialista alerta para cuidados e riscos de complicações
Viih Tube está enfrentando dias difíceis: ela e os filhos, Lua e Ravi — de apenas dois anos e cinco meses — foram diagnosticados com a síndrome mão-pé-boca. Nas redes sociais, a influenciadora desabafou, dizendo que está “acabada” e teve que cancelar compromissos profissionais para cuidar da saúde da família.
A doença, bastante comum entre crianças pequenas, preocupa pais e especialistas principalmente pela facilidade com que se espalha. “A síndrome mão-pé-boca é uma doença viral contagiosa, geralmente causada por um enterovírus. É bem comum em crianças e se espalha muito rápido, principalmente nessa fase de volta às aulas”, explica a dentista Giovanna Zanini.
Segundo a profissional, basta uma criança infectada para o vírus circular entre colegas. “É na brincadeira que tudo acontece. As crianças têm muito contato físico, estão na fase oral — tudo vai à boca —, abraçam os amiguinhos, dividem brinquedos… e aí, uma criança infectada acaba contaminando as outras por conta desse convívio próximo na creche ou na escola.”
Os sintomas envolvem erupções características nas mãos, pés e, principalmente, na boca. “Na boca, ela costuma ser mais agressiva. A criança sente dificuldade para engolir, se alimentar e até para fazer a higiene bucal”, explica Giovanna.
O principal cuidado dos pais deve ser o isolamento da criança ao sinal dos primeiros sintomas. “Percebeu qualquer sinal? Não mande para a escola, nem para convívio social. Procure um dentista para avaliar como estão as lesões na boca e verificar se há necessidade de laserterapia para aliviar o desconforto e ajudar na alimentação”, orienta a especialista da ZR Odonto & Face.
A dentista reforça que a hidratação é fundamental para evitar quadros mais graves. “É preciso observar a ingestão de líquidos e alimentos. Se notar sinais de desidratação ou recusa alimentar persistente, leve a criança ao médico para ver a necessidade de hidratação intravenosa.”
Giovanna também destaca que, como em toda doença viral, o tratamento é de suporte. “Não tem muito o que fazer além de tratar os sintomas e esperar o ciclo viral acabar. É importante evitar que a criança coce as lesões e manter a higiene bucal rigorosa para não haver infecções secundárias, já que o tecido está aberto e vulnerável.”