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A força do agronegócio: Centro-Oeste caminha para ter a menor desigualdade do Brasil

Parque Tecnológico Ivaldo Cenci, BR-251, km 5, Brasília, DF - Foto: Tony Winston/Agência Brasília

Investimentos no campo vêm gerando riqueza ininterruptamente em uma área que detinha participação pequena no PIB décadas atrás


Desde o início da divulgação dos dados trimestrais de crescimento do PIB pelo IBGE em 1986, o setor do agronegócio tem consistentemente apresentado um desempenho superior ao restante da economia brasileira. Esse investimento contínuo ao longo dos anos não apenas impulsionou o progresso do próprio agro, mas também contribuiu para a redução da desigualdade social.

Superando a região Sudeste no indicador de todas as rendas do trabalhador e mantendo essa posição nos últimos cinco anos, o Centro-Oeste, a terra do agro, agora está rumando para liderar o índice nacional, potencialmente vindo a ultrapassar a região Sul.

Inicialmente, o impacto do agronegócio se manifestou na geração de riqueza em estados com participação anteriormente limitada no PIB. Conforme projeções da consultoria MB Associados para 2023 e 2024, o Mato Grosso está previsto para alcançar um crescimento impressionante de 782% desde 1986, quando o IBGE começou a disponibilizar dados estaduais do PIB. Outro polo significativo do agronegócio, Mato Grosso do Sul, também figura entre os cinco estados com maior crescimento, registrando um aumento de 307% no mesmo período.

Esse movimento resultou na diminuição da participação do Sudeste na geração de riqueza do país, caindo de 56,1% em 2010 para 51,9% em 2020, enquanto a do Centro-Oeste subiu de 9,1% para 10,4% no mesmo intervalo. Conforme economistas, a criação de riqueza tende a beneficiar amplamente toda a economia, melhorando índices sociais, expectativa de vida, saúde e educação.

Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, destaca que os indicadores sociais no Centro-Oeste estão se aproximando rapidamente da região Sul, historicamente desenvolvida e industrializada.Em 2022, o Sul liderava o índice de Gini (medida de desigualdade econômica) avaliado por todas as rendas do trabalhador, com um índice de 0,43, indicando menor desigualdade social quanto mais próximo de zero. O Centro-Oeste registrava 0,473 no mesmo indicador, enquanto o Sudeste apresentava 0,479. O Nordeste, por sua vez, tinha a pior classificação, com um índice de 0,501.

Embora os estados individualmente no Centro-Oeste tenham índices próximos aos do Sul, a presença do Distrito Federal, onde os salários do funcionalismo público impactam a desigualdade, distorce essa comparação. Com informações de Marcos Rocha - Conexão Política

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