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| Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil | 
Meta é combater agressões motivadas pela identidade de gênero
Por Daniella Almeida - Repórter da Agência Brasil | Edição:        Valéria Aguiar
      O Brasil tem, a partir desta sexta-feira (5), um Comitê de        Monitoramento da Estratégia Nacional de Enfrentamento à Violência        contra Pessoas LGBTQIA+, sigla para se referir a pessoas lésbicas,        gays, bissexuais, travestis, mulheres e homens transexuais, não        binárias e demais dissidências sexuais e de gênero.
      O novo comitê terá como missão combater violências motivadas        pela condição sexual e identidade de gênero das vítimas.
      O Dossiê de Mortes e Violências contra LGBTI+ no Brasil,        elaborado pelo Observatório de Mortes e Violências contra LGBTI+        no Brasil denuncia que, em 2022, ocorreram 273 mortes LGBT de        forma violenta no país, sendo 228 assassinatos, sobretudo de        pessoas trans e gays, além de 30 suicídios e 15 outras causas.  O        levantamento aponta que o Brasil assassinou um LGBT a cada 32        horas, em 2022.
      A homofobia é crime, após julgamento do Supremo Tribunal        Federal, em 2019, tal como o racismo. A pena pode variar entre 1 e        5 anos, dependendo do ato homofóbico, além de multa.
      O comitê
      A portaria publicada pelo Ministério dos Direitos Humanos e da        Cidadania (MDHC) no Diário Oficial da União, prevê que a atuação        do Comitê de Monitoramento da Estratégia Nacional de Enfrentamento        à Violência contra Pessoas LGBTQIA+ terá duração prevista de dois        anos, podendo ser prorrogada.
      Neste período, o grupo deverá acompanhar, monitorar e apoiar a        articulação e implementação de políticas públicas para combater as        violações de direitos desse segmento social. Na prática, o comitê        deverá colaborar tecnicamente em programas, planos, projetos e        ações que tenham o propósito de proteger e promover a defesa dos        direitos das pessoas LGBTQIA+ em situação de vulnerabilidade ou        risco social.
      Além disso, a representação deve monitorar dados de violência        com desenvolvimento de metodologia para compilação desses        indicadores para que sirvam de base em processos de tomada de        decisão.
      A estratégia deve, ainda, construir a Rede de Enfrentamento à        Violência contra Pessoas LGBTQIA+, composta por entidades públicas        e não governamentais.
      No fim de cada ano, o comitê deverá elaborar relatório final        com a análise detalhada do progresso, de desafios enfrentados e        recomendações para aprimoramento desta estratégia.
      O Comitê será composto por três representantes da Secretaria        Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, um integrante do        Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+; e dois        representantes da sociedade civil. Além deles, poderão comparecer        nas reuniões do colegiado como convidados e, portanto, sem direito        a voto, os representantes de outros órgãos e entidades públicas ou        privadas, empresas, especialistas, pesquisadores e membros da        comunidade LGBTQIA+, como forma de fortalecer a participação        social.
      Casas de Acolhimento
      Nesta sexta-feira, o MDHC ainda instituiu outro comitê de        monitoramento do Programa Nacional de Fortalecimento das Casas de        Acolhimento LGBTQIA+, por meio de portaria.
      Chamado de Comitê Acolher+, esta iniciativa tem o objetivo de        fortalecer e implementar casas de acolhimento provisório para        pessoas LGBTQIA+ em situação de violência, abandono familiar ou na        possibilidade de rompimento desses vínculos, em razão da        identidade de gênero, orientação sexual e/ou características        sexuais. O público-alvo são pessoas do segmento LGBTQIA+ entre 18        e 65 anos.
      As casas de acolhimento a médio e longo prazo pretendem ser        ambientes acolhedores e seguros, com estrutura de residência        compartilhada a médio e longo prazo, com a oferta alimentação e        higiene nestes abrigos.
    
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# Correio do Poder




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