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| Equipe da Semad na área em que funcionava lixão em Trindade (Foto: Semad) | 
Semad emite licença ambiental rumo a uma coleta seletiva eficiente
Por Kattia Barreto - Agência Cora Coralina
        O fim obrigatório de todos os lixões de Goiás entrou em uma          nova etapa: no dia 17 de maio, a Secretaria de Meio Ambiente e          Desenvolvimento Sustentável (Semad) emitiu a primeira licença          para encerramento de lixão municipal, em Trindade, desde a          edição do Decreto 10.367, que trouxe regras para o fechamento de          todos até o dia 2 de agosto próximo.
        O município contemplado com a licença é Trindade, cujo lixão          fica às margens da GO-060, no sentido Santa Bárbara. Além de          encerrá-lo, a prefeitura terá que isolar a área, recuperá-la do          ponto de vista ambiental, monitorar a qualidade da água          subterrânea na região e descartar, em local adequado, todo o          montante de resíduos que estavam sendo descartados ali.
        Trindade
        No ato de requerimento da licença, a prefeitura também se          comprometeu a apresentar um plano de implantação de coleta          seletiva que alcance pelo menos 10% da população urbana no          primeiro ano, com metas progressivas de aumento de 15% a cada          ano seguinte. A prefeitura ainda tem o dever de cuidar da          inclusão socioeconômica dos catadores de recicláveis locais.
        "Essa licença é um marco, não só pelos benefícios que vai          trazer para cidade, como também pela rapidez com que foi          emitida: foram 35 dias apenas", diz a secretária de Estado de          Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Andréa Vulcanis.
        Como funciona
        Com o Decreto 10.367/23, a Semad estabeleceu o caminho a ser          seguido pelos municípios de Goiás para que todos consigam          cumprir o dever de encerrar seus respectivos lixões até 02 de          agosto de 2024, como estabelece o Plano Nacional de Resíduos          Sólidos.
        O decreto criou duas fases: a de transição e a definitiva. A          fase de transição é essa que Trindade acabou de cumprir, e          envolve basicamente o encerramento do lixão, a definição de um          local para o descarte ambiental adequado e a implantação de um          sistema de coleta seletiva com metas progressivas.
        A fase definitiva terá um componente inédito, que é o Estado          assumindo a titularidade em parceria com os municípios para          garantir a destinação ambientalmente adequada dos resíduos          sólidos. As soluções a serem construídas nesta fase vão partir          do modelo de regionalização do saneamento básico, cujas regras          já foram aprovadas pela Assembleia Legislativa (lei complementar          182/2023).
        A regionalização prevê a criação de estruturas de engenharias          que atenderão mais de um município ao mesmo tempo. A ideia parte          do entendimento que muitas prefeituras, principalmente as          menores, não têm recursos humanos e financeiros suficientes para          cuidar de seus aterros e demais estruturas de engenharia          sozinhas.
        Goiás hoje tem 17 aterros sanitários licenciados pela Semad,          que atendem aproximadamente 65 municípios e recebem pouco mais          de três toneladas de resíduos por dia. Na outra ponta, há cerca          de 181 lixões ainda em funcionamento.
      
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# Correio do Poder



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