Pacientes com câncer têm risco elevado de trombose

 

Complicação silenciosa pode afetar até 20% dos pacientes oncológicos; prevenção e diagnóstico precoce são essenciais, alerta especialista

Tromboembolismo Venoso é uma complicação frequente entre pacientes oncológicos

O Tromboembolismo Venoso (TEV) é uma complicação silenciosa e frequente entre pacientes com câncer, manifestando-se de duas formas: Trombose Venosa Profunda (TVP) e Embolia Pulmonar (EP).

Estudos mostram que pessoas com câncer têm de cinco a sete vezes mais chances de desenvolver TEV do que indivíduos saudáveis, especialmente nos primeiros meses após o diagnóstico, durante internações prolongadas ou após cirurgias de grande porte.

“Pacientes com câncer estão mais vulneráveis ao tromboembolismo devido à alteração na coagulação, com estado de hipercoagulabilidade. Essa condição pode surgir em qualquer idade, embora seja menos comum em crianças”, explica o Dr. Herik Oliveira, médico vascular e especialista pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV).

Segundo o especialista, os principais fatores que aumentam o risco de trombose são:

Tipo de câncer: pulmão, pâncreas, mama, cérebro, ovário, rim e tumores com metástases apresentam maior risco.

Tratamento: cirurgias, quimioterapia, radioterapia e uso de cateteres intravenosos.

Imobilização prolongada: internações ou falta de mobilidade.

Outros fatores: idade avançada, obesidade, doenças cardíacas e respiratórias, infecções e histórico prévio de TEV.

O Dr. Herik reforça os principais sintomas de alerta:

Trombose: dor, inchaço, vermelhidão, calor e surgimento agudo, principalmente nos membros inferiores ou superiores.

Embolia pulmonar: falta de ar, cansaço, tosse com sangue, dor torácica, mal-estar ou até desmaios.

“É fundamental que o paciente seja avaliado regularmente por um angiologista ou cirurgião vascular. O diagnóstico precoce pode prevenir complicações graves e até salvar vidas”, alerta o médico.

De acordo com o especialista, o tratamento envolve o uso de medicamentos anticoagulantes profiláticos para pacientes de risco e, em casos confirmados de trombose, o uso de doses terapêuticas. Ele ressalta que pacientes oncológicos têm risco aumentado tanto de TEV quanto de sangramento, o que exige acompanhamento contínuo do cirurgião vascular.

Com o aumento da expectativa de vida de pessoas com câncer, a atenção à trombose torna-se ainda mais importante.

“O acompanhamento médico adequado é a melhor forma de reduzir riscos e garantir segurança durante todo o tratamento”, conclui Dr. Herik Oliveira, especialista pela SBACV.

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