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Mostra Interna de Monólogos de Jovens do Centro de Juventude de Ceilândia, da Secretaria de Juventude do GDF



Jovens do Centro de Juventude de Ceilândia realizam a I Mostra Interna de Monólogos - MIM18 participantes da oficina de teatro oferecida pelo projeto se apresentarão em experimento online


Em resposta à crise provocada pelo novo coronavírus, que ocasionou a suspensão das atividades presenciais dos Centros de Juventude (CJ) do Distrito Federal, os cursos e oficinas ofertados pelo projeto se adaptaram à modalidade online para continuar assistindo jovens das regiões de Ceilândia, da Estrutural e de Samambaia. A oficina de teatro do Centro de Juventude de Ceilândia não interrompeu suas atividades. As aulas estão sendo ministradas semanalmente pelo professor Adilson Diaz. Utilizando diferentes plataformas virtuais, os jovens continuam desenvolvendo técnicas de atuação, de leitura, de criação, de escrita e análise crítica. 


Nesse contexto, jovens não-atores, em processo de aprendizado, estão se movimentando a partir de obras das mais diferentes eras - clássica, moderna e contemporânea - e explorando o espaço de suas casas para apresentar suas cenas. A partir da visita a uma série de obras teatrais já consolidadas nacional e internacionalmente, foram selecionados trechos para que os alunos pudessem pesquisar e, então, construir seus monólogos se adequando ao seu próprio cenário e realidade.


Em meio a uma pandemia, os jovens estão dialogando sobre teoria e prática, adequando os espaços físicos cotidianos em espaços cênicos. Como movimento em meio a 150 dias de isolamento, os jovens participantes estão sendo convidados a pensar e a propor as encenações no espaço doméstico: um lugar onde o texto não sobreponha o cenário e o cenário não sobreponha o texto. Como explorar espaços a favor da cena? Essa é uma provocação que não só permeia o universo artístico, mas também tem ocupado o dia a dia de muitas pessoas que foram levadas a ressignificarem suas casas nesse novo contexto.

Serão 18 apresentações de cenas pelos jovens e ao final haverá um bate-papo com os participantes. A mostra encerra o módulo II da oficina de teatro ofertada no Centro de Juventude e é um convite a todos para explorarem lugares não convencionais ao trabalho teatral. Os jovens nos instigam a encontrar no coletivo o nosso potencial. Convidamos a todos para verem o melhor de "MIM" - I Mostra Interna de Monólogos.

Como atuam os Centros de Juventude?
As ações desenvolvidas no âmbito dos Centros de Juventude priorizam o acesso de jovens de famílias inscritas no Cadastro Único dos Programas Sociais do Governo Federal e aqueles em situação de vulnerabilidade ou risco social, contemplando as minorias, pessoas com deficiência, garantindo condições de acessibilidade e acolhimento a todos os tipos de perfis dentro da faixa etária atendida. Os Centros de Juventude são equipamentos públicos constituídos pela Lei nº 5.142, de 31/07/2013, que institui a Política Distrital de Atenção ao Jovem – PDAJ, regulamentada pelo Decreto nº 35.172, de 14/02/2014, e atualmente executados pelo IECAP - Agência de Transformação Social.

Serviço: I MIM – Mostra Interna de Monólogos

Data: 11/09 Horário: 14 horas

Evento online.

Plataformas: Youtube (apresentação) e Zoom (bate-papo)

Acesso gratuito por meio de link divulgado nas redes sociais do IECAP:




Programa:

1)Guilherme Rocha - O Rico Avarento - Ariano Suassuna

2)Normando de Oliveira - O Auto da Compadecida - Ariano Suassuna

3)Kymberli Glitz - Alice no País das Maravilhas - Lewis Carroll

4)Philip Aquino - Alice no País das Maravilhas - Lewis Carroll

5)Lisa Oliveira - O Pagador de Promessas - Dias Gomes

6)Marina Monteiro - Valsa n°6 - Nelson Rodrigues

7)Débora Aline- Romeu e Julieta- William Shakespeare 

8)Laura de Oliveira - A Casa de Bonecas - Henrik Ibsen

9)Leonard Al - Rasga Coração - Oduvaldo Vianna Filho

10) Leandro Victor – Hamlet – William Shakespeare

11) Giovanna Camargo - O Despertar da Primavera - Frank Wedekind

12) Luciano Lucas - Otelo – Shakespeare

13) Vitória Nogueira- Édipo, Rei – Sófocles

14) Beatriz Quintiliana- Macbeth- William Shakespeare

15) Jéssica Alves - Vestido de Noiva - Nelson Rodrigues

16) Luender Martins - Gota D'água - Chico Buarque e Paulo Pontes

17) Gabriella Cardoso - A Casa de Bonecas Henrik Ibsen

18) Amanda Petry- Congresso Internacional do Medo- Grace Passo


O que é um Monólogo?

O Monólogo é um tipo de texto que é interpretado ou enunciado por apenas uma pessoa. Dessa forma, o discurso é feito para si próprio, de modo que o público, leitores ou ouvintes têm a sensação de ler o pensamento do seu intérprete.

Uma peça teatral pode ser ela toda um monólogo, como também pode ser apenas parte de uma encenação em que estão, ou não, presentes outros personagens. No momento do monólogo, se mais atores estiverem em cena não conversam entre si.
Classificação

Embora o monólogo não seja exclusivo do teatro, é muito frequente o associarmos ao gênero dramático.

Segundo o Dicionário de Teatro de Patrice Pavis, o monólogo pode ser:
Técnico - São transmitidas ideias passadas ao público.
Lírico - O discurso da personagem se assemelha a uma confidência carregada de emoção.
de Reflexão ou Decisão - Diante de uma decisão, o personagem reflete e discute com ele mesmo o que fazer, que decisão tomar.

É frequente encontrarmos apenas a classificação para dois tipos de monólogos teatrais: o monólogo exterior e o monólogo interior.

Nesse sentido, o monólogo exterior seria o monólogo técnico, enquanto o monólogo lírico e de reflexão, seria uma referência ao monólogo interior.
Exemplos
“E sabes de uma coisa?Cada vez que o sofrimento vem,essa vontade de estar perto, se longeou estar mais perto se pertoQue é que eu sei?Este sentir-se fraco,o peito extravasadoo mel correndo,essa incapacidade de me sentir mais eu, Orfeu;Tudo isso que é bem capazde confundir o espírito de um homem.”
(Trecho de Monólogo de Orfeu, de Vinícius de Moraes)
“Sou criança! Cheguei, recentemente, de uma longa viagem. Andei pelo caminho misterioso do pensamento dos meus pais, e, durante a concepção, fiz um estágio muito feliz ao lado do coração da minha mãe.Hoje estou aqui, um pouco assustada, porque os adultos conversam coisas confusas que ainda não consegui entender. A vida é simples e bonita, mas os adultos complicam tudo.”
(Trecho de Monólogo de Criança, de Ivone Boechat)

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